Área comum de condomínio: Estudo da Lello aponta que o valor médio da taxa de condomínio na região oeste é o mais caro.
Os prédios da zona oeste da cidade de São Paulo cobram, em média, a taxa de condomínio mais cara da cidade, segundo levantamento da administradora de condomínios Lello.
Na região, o valor médio da cota condominial paga pelos moradores é de 870 reais, acima do registrado na zona sul, de 829 reais.
Já o valor mais baixo da taxa é encontrado na zona norte. Segundo a pesquisa, o valor médio da despesa na região é de 524 reais. Na zona leste, a taxa de condomínio paga pelos moradores é de 579 reais, em média.
Veja a seguir os resultados do levantamento por região da cidade:
Região | Valor médio do condomínio |
---|---|
Zona oeste | R$ 870,00 |
Zona sul | R$ 829,00 |
Zona leste | R$ 579,00 |
Zona norte | R$ 524,00 |
O levantamento tomou como base informações referentes a 11,1 mil condomínios residenciais da cidade de São Paulo, que possui um total de 21 mil condomínios.
A Lello, responsável pelo levantamento, administra cerca de 200 empreendimentos na cidade, mas incluiu no levantamento informações de mercado obtidas pela sua equipe de pesquisa para não restringir a pesquisa aos dados da sua carteira de imóveis.
Custo é maior em empreendimentos com poucas unidades
O estudo também mostra que empreendimentos com menor número de unidades têm, em média, taxas mais altas.
O valor médio do condomínio em prédios com até 30 apartamentos é de 1.254 reais. Já nos empreendimentos que têm entre 31 e 60 unidades, a cota cai para 625 reais. O valor diminui para 470 reais nos condomínios que têm entre 61 e 100 apartamentos.
Já nos empreendimentos com 101 a 200 unidades, a cota média fica em 446 reais. Nos que têm mais de 200 apartamentos, o valor é de 439 reais, em média.
Número de unidades | Valor médio do condomínio |
---|---|
Até 30 apartamentos | R$ 1.254,00 |
De 31 a 60 apartamentos | R$ 625,00 |
De 61 a 100 apartamentos | R$ 470,00 |
De 101 a 200 apartamentos | R$ 446,00 |
Mais do que 200 apartamentos | R$ 439,00 |
De acordo com análise de Angélica Arbex, gerente de relacionamento com clientes da Lello Condomínios, a zona oeste acaba cobrando taxas de condomínios mais altas porque concentra empreendimentos com um número menor de unidades. "Quanto menos apartamentos, menor é o número de pessoas para dividir as despesas".
Na região oeste, além de falta de terrenos, há uma limitação para a construção de empreendimentos maiores por causa do Plano Diretor Estratégico da cidade.
Além disso, na região também são pagos, em média, salários maiores para zeladores, porteiros e faxineiros. "Como existem muitos empreendimentos de alto padrão na região, é exigida maior qualificação dos funcionários, o que tem impacto sobre o salário", diz Angélica.
Como as despesas com funcionários são o principal custo dos condomínios - costumam representar 50% da despesa total - os altos salários pressionam as taxas condominiais. Os gastos com funcionários são seguidos pelas despesas com contas de água e luz e por contratos de conservação e manutenção.
Custo deve ser previsto no orçamento
Angélica Arbex, da Lello, ressalta que o condomínio é uma despesa permanente, que deve ser considerada por quem quer comprar ou alugar um imóvel.
Nos últimos três anos, o reajuste das taxas de condomínio vem seguindo a inflação na cidade, e tem ficado entre 6% a 7% ao ano. "É necessário ter espaço no orçamento para arcar com esses custos adicionais e evitar um eventual descontrole das finanças", diz Angélica.
Os reajustes podem ser superiores aos de índices inflacionários se a inadimplência da taxa condominial for alta no empreendimento. Uma maneira de evitar o problema é pedir para verificar as contas do empreendimento antes de adquirir ou alugar um imóvel usado, diz Angélica.