Dentre as principais características do mercado de segurança eletrônica, o potencial para a renovação e para a adaptação ágil às novas tecnologias é o que mais destaca as empresas do ramo. 

Para tais empreendimentos, é necessário atenção às tendências de inovação e também ao que é priorizado como importante pela sociedade. Um bom gestor de negócios de monitoramento não só observa constantemente as tecnologias emergentes como compreende quais delas realmente fazem sentido para o seu consumidor.

De acordo com Selma Migliori (presidente da Abese - Associação Brasileira de Segurança Eletrônica), por exemplo, há uma crescente demanda por soluções da área que combinem inteligência artificial (IA), conexão 5G e portarias remotas/autônomas, além da conexão entre todas elas. 

Ou seja, o usuário final espera uma solução completa, que contenha funcionalidades integradas e que seja desenvolvida com base nas tecnologias do momento. 

Entretanto, somente conhecer o que é lançado no mercado não é suficiente para fazer as vendas de uma empresa escalarem. É essencial saber como apresentar o seu portfólio de soluções tecnológicas. 

Neste artigo vamos conversar sobre as apostas de tecnologia de monitoramento para 2024 e sobre algumas dicas para tornar seu escopo de venda ainda mais interessante. 

3 Principais apostas de tecnologia para o setor de segurança eletrônica em 2024

No horizonte de 2024 algumas tecnologias são destaque tanto por atender às necessidades do cliente por uma maior abrangência nos serviços de proteção, quanto pelo seu potencial de aumentar a receita dos negócios de forma sustentável.

Mesmo aquelas que já fazem parte do dia a dia do mercado são relevantes à medida que seu processo de melhoria é contínuo, indicando uma versão atualizada a cada ano. 

Além disso, com a popularização do movimento de trabalho híbrido e a volta do alto fluxo de pessoas nos ambientes comerciais, bem como com os avanços relacionados ao aprendizado de máquina e com o estabelecimento do ambiente em nuvem, a segurança eletrônica se vê diante de oportunidades inéditas para escalar seus serviços.  

Veja se a sua empresa de monitoramento está preparada para esse cenário ao conhecer o que é visto como tendência de tecnologia para a área. 

1) Inteligência Artificial e Machine Learning: a bola da vez! 

A inteligência artificial e o machine learning (aprendizado de máquina) são as principais demandas do mercado de segurança eletrônica, sobretudo, devido ao seu potencial de aplicação. 

No setor, a IA pode ser associada a softwares de vigilância capazes de agir de maneira preditiva, identificando padrões complexos e comportamentos anômalos, tudo em alta velocidade. 

Através da associação aos algoritmos dessa tecnologia, as câmeras de vigilância passam a atuar estrategicamente como uma ferramenta responsável por antever “situações-problema” e por antecipar ações já previstas nas políticas de segurança de condomínios e empresas, como o acionamento a um número de emergência quando necessário. 

Segundo um relatório da CNBC, há aproximadamente 770 milhões de câmeras existentes ao redor do planeta - número muito maior do que o de profissionais disponíveis para monitorá-las 24h durante os 7 dias da semana. 

Com um software baseado em IA essa realidade é alterada, visto que a tecnologia é capaz de ler grandes bancos de dados de uma só vez, reproduzindo comandos com alto grau de dificuldade, como: 

• Mapeamento de ameaças
• Identificação de padrões e de eventos suspeitos 
• Análise de segurança em tempo real
• Leitura automática de placas de veículos

Ou seja, o controle de acesso, uma das áreas de maior procura em segurança eletrônica, é 100% otimizado através da inteligência artificial - seja em relação a uma atuação preventiva de monitoramento ou à promoção de comodidade e agilidade no gerenciamento de entrada e saída de pessoas e veículos nos mais diversos empreendimentos (comerciais ou residenciais). 

2) Interoperabilidade e integração de sistemas como requisitos essenciais

Outra tendência tecnológica importante para a segurança eletrônica refere-se à capacidade dos sistemas de se comunicarem de maneira fluida, integrada e consistente. 

É necessário que as soluções desse mercado compartilhem dados coordenadamente por meio de um protocolo de comunicação em tempo real, propiciando que todas executem ações simultâneas, sem falhas e em prol de um monitoramento mais efetivo e mais cômodo ao usuário. 

Em 2020, de acordo com dados da Grand View Research, o mercado global de integrações já era avaliado em US$ 23,7 bilhões. Quatro anos depois, principalmente em decorrência do avanço da Internet 5G e dos dispositivos IoT, essa realidade é ainda mais promissora.

Assim, quanto maior o potencial do seu portfólio em integrar sistemas de segurança e garantir que eles se comuniquem adequadamente, maiores as chances da empresa alcançar mais clientes. 

Nessa perspectiva, outras apostas de inovação são significativas, por exemplo, a disponibilidade de Internet por fibra óptica e a associação de plataformas IoT (Internet das Coisas) nos serviços das empresas de segurança eletrônica. 

A IoT é responsável por conectar dispositivos, além de fornecer dados de suas operações em tempo real, podendo ser agregada a sensores inteligentes, aos alarmes, fechaduras conectadas, ao gerenciamento de temperatura, iluminação, entre outras funcionalidades. 

3) O uso efetivo dos dados e do BI (business intelligence

Contar com ferramentas, softwares e sistemas aptos a executar um bom tratamento de dados é essencial para o novo mercado de monitoramento. 

Nesse contexto, o Business Intelligence (BI) assume destaque, sendo responsável por estruturar um processo estratégico e adequado de transformação de grandes bancos de dados em informações valiosas para os negócios. 

Agora, as empresas precisam não só coletar os dados dos clientes e dos sistemas de segurança, como devem garantir que esse procedimento siga as regulações do país (como a LGPD, por exemplo), e que esses ativos consigam de fato direcionar as tomadas de decisão do empreendimento. 

Ao adotar ferramentas, infra estruturas, táticas e melhores práticas associadas ao BI, a empresa compreende melhor, e de maneira holística, sua operação, direcionando assertivamente seus gastos e investimentos.

Toda a cadeia de serviços passa a ser observada a partir de dados reais do negócio. Ou seja, abandonam-se os achismos e a intuição, por uma postura mais crítica e analítica.

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