A inteligência artificial (IA) na segurança eletrônica é uma das principais tecnologias emergentes desse mercado, sendo responsável por otimizar os protocolos de segurança e controle de acesso, além de atuar como uma aposta para a mitigação de eventos suspeitos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por exemplo, somente no primeiro semestre do último ano, 2023, o estado registrou cerca de 1700 assaltos a condomínios - número que caracteriza uma média expressiva de 8 intercorrências por dia.
Nesse cenário, as tendências de inovação, tal qual a IA, destacam-se como alternativas importantes para agregar valor às soluções de mercado e também por permitirem que a gestão da segurança esteja um passo à frente dos crimes contra pessoas e patrimônio.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Brasscom, em parceria com a IDC, até 2025 os recursos orientados para ferramentas e tecnologias envolvidas em transformação digital chegarão a aproximadamente em R$ 666 bilhões. Dada a importância do recurso, parte significativa do aporte será destinada à inteligência artificial. Segundo a pesquisa:
- IA receberá investimentos na casa dos R$ 69,1 bilhões
- Big Data & Analytic registrará R$ 81,2 bilhões
- Cloud Computing algo em torno de R$ 308,3 bilhões
- Internet das Coisas R$ 37,5 bilhões
- Segurança da Informação R$ 68,4 bilhões.
O que isso significa? De forma geral, que as tendências de consumo e o meio corporativo seguirão priorizando soluções inteligentes, capazes de utilizar a tecnologia para proporcionar experiências ágeis, integradas e com usabilidade. Dentre as principais apostas do ano está o uso acentuado de aplicações de IA na segurança eletrônica.
No decorrer deste artigo vamos conversar mais sobre o conceito, potenciais, benefícios e aplicações da inteligência artificial na segurança e porque o investimento em tecnologia é tarefa imprescindível a negócios do setor.
O que é Inteligência Artificial?
Com a disseminação de aplicações acessíveis ao público, como a Siri (Apple) e a Alexa (Amazon), a inteligência artificial passou a ser mais tangível! Entretanto, seus conceitos já são discutidos desde 1950, quando foram lançados pelo criptógrafo Alan Turing. A partir disso, a ferramenta tem evoluído rapidamente, conquistando espaço nos mais diversos segmentos do mercado.
Segundo o dicionário Cambridge, o termo refere-se ao “desenvolvimento de sistemas de computador dotados da capacidade de efetivar tarefas complexas que originalmente demandariam uma inteligência humana”.
Através da absorção e processamento de uma grande quantidade de dados, a IA e seus algoritmos conseguem identificar padrões pertencentes a essas informações, em uma sistemática de aprendizado contínuo e, com isso, podem "prever" eventos futuros e tomar decisões.
Consensualmente, diz-se também que IA simula a inteligência humana à medida que resolve problemas e interage com o ambiente ao qual é empregada - adquirindo, assim, certa autonomia.
Porém, nos moldes aos quais se desenvolve atualmente, ainda é dependente de uma operação humana de ajuste fino, visto que não possui criatividade ou pensamento estratégico.
Portanto, é uma ferramenta que otimiza tarefas e rotinas de trabalhos humanos que antes demandariam grau de onerosidade de tempo e pessoal, permitindo que os esforços sejam agora direcionados para um processo sistemático de aprimoramento da experiência do cliente.
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7 Benefícios da inteligência artificial na segurança eletrônica
A integração da Inteligência Artificial (IA) na segurança eletrônica proporciona uma série de benefícios, transformando drasticamente a capacidade de detecção, análise e resposta a ameaças.
Os avanços contribuem para a eficácia global dos sistemas de segurança e proporcionam um ambiente mais seguro e resiliente.
É o caso por exemplo das vantagens listadas abaixo:
1) Detecção avançada de ameaças:
A inteligência artificial é capaz de capacitar sistemas de vigilância a identificar padrões complexos e comportamentos suspeitos a partir da leitura de grandes bancos de dados de imagens. Dessa forma, há uma melhoria exponencial da detecção de ameaças em tempo real.
A capacidade de reconhecer intrusões, atividades não autorizadas e potenciais incidentes de segurança se torna mais rápida e precisa, refletindo diretamente na gestão humana desses eventos.
Na prática, alguns softwares integrados com IA acionam as Centrais de Monitoramento quando há a incidência desses tipos de eventos, o que otimiza a segurança.
Além disso, a inteligência artificial pode ser utilizada em sensores inteligentes que contribuem para um monitoramento de eventos climáticos, dando à segurança eletrônica um papel de destaque na mitigação dos efeitos de catástrofes naturais.
2) Análise preditiva:
Reconhecida pela habilidade de ler grandes bancos de dados em tempo recorde, a IA também permite a análise de dados históricos para prever possíveis incidentes de segurança.
O estudo dos dados pela IA pode ser realizado tanto para indicadores complexos ao final do mês, quanto para questões mais rotineiras. Por exemplo, a inteligência artificial pode detectar uma movimentação anômala em locais que geralmente não recebem fluxo alto de pessoas.. Configurando esse sistema, é possível que a tecnologia emita alertas para que os operadores das centrais fiquem atentos e possam colocar a política de segurança em prática.
Portanto, a capacidade de análise preditiva possibilita a antecipação e prevenção proativa de ameaças, minimizando riscos.
3) Resposta rápida e automatizada:
Através da integração da IA, a automação de processos relacionados à resposta a incidentes passa a ser uma realidade.
Isso inclui a ativação automática de alarmes, o envio de alertas e a implementação de medidas de segurança específicas, sem que haja uma demanda por intervenção humana imediata. A partir disso, há um salto na eficiência operacional das organizações.
4) Maior integração de dados:
A capacidade da IA de processar grandes volumes de dados provenientes de diferentes fontes, como câmeras de vigilância, sensores e sistemas de controle, facilita a análise integrada e fornece uma visão abrangente da segurança do ambiente.
5) Aprimoramento do controle de acesso
Como dissemos, a inteligência artificial é especialista em ler grandes bancos de dados e identificar padrões. Essa característica é essencial para um controle de acesso eficaz e cômodo ao usuário.
Nesse contexto, a tecnologia pode identificar rostos ou placas cadastrados nos sistemas (banco de dados prévio) e autorizar a entrada com agilidade. O mesmo funciona com ambientes restritos, nos quais somente pessoas autorizadas têm acesso liberado.
A ferramenta também pode auxiliar autoridades a identificar suspeitos ou encontrar pessoas desaparecidas, assim como pode verificar a identidade de clientes, funcionários ou visitantes dos espaços monitorados.
6) Redução de custos
Embora a IA represente um investimento inicial para empresas de monitoramento, a longo prazo, devido aos outros benefícios elencados por aqui, a tecnologia proporciona redução dos custos de operação.
Isso ocorre devido às respostas mais rápidas aos incidentes, o que minimiza gastos desnecessários com a correção do efeito suspeito, e também pela possibilidade de implementação de uma segurança remota de qualidade. Ou seja, a demanda por vigilância física cede espaço para o gerenciamento via nuvem, mitigando gastos com times in loco.
A análise de dados oferecida pela ferramenta também reflete em investimentos e tomadas de decisão mais estratégicas, visto que são realizados com base em dados reais. Através disso, os negócios param de desperdiçar dinheiro com “achismos e intuição”.
7) Gestão de relacionamento com cliente otimizada
Através de uma análise de dados minuciosa e realizada com velocidade, a IA permite que as empresas de monitoramento estabeleçam metas e ações de relacionamento com o cliente de fato intencionais!
Nesse ponto o estudo dos dados pode ser orientado para a leitura do perfil de usuários do negócio. Há como avaliar as características, hábitos e comportamento dos considerados “clientes ideias” - aqueles que consomem determinado serviço sem que demandem altos investimentos para a conversão das soluções, e daqueles em que há oportunidade de aproximação da organização.
Com isso, a empresa de segurança pode elaborar abordagens mais claras e objetivas, conquistando mais clientes e estruturando um processo de fidelização contínuo.
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A tecnologia como resposta para o presente e futuro do mercado de segurança eletrônica:
Por tratar-se de um setor tão dinâmico e que precisa responder, inclusive, a demandas que mudam o tempo todo, a segurança eletrônica reúne duas características singulares: a necessidade de adaptabilidade e de escalabilidade.
Ambas somente são possíveis quando as empresas da área têm disposição para inovar e para ter a tecnologia como verdadeira aliada na oferta de soluções de alto valor agregado.
Dessa forma, seja em relação a inteligência artificial ou a qualquer outra tecnologia emergente, como por exemplo a nuvem, a premissa do mercado de segurança eletrônica é a mesma: o investimento em inovação é indispensável.
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